quinta-feira, 14 de julho de 2011

MÃE...MULHER....MARIA...BERÇO DA HUMANIDADE...




Quem sou eu? De onde vim?


Onde estou?


Qual, precisamente, a minha missão?


Para onde vou?





Minha mente flutua sobre essas águas agitadas, por vezes tranquilas, dos meus pensamentos. Procuro sondar meu ego e perscrutar meu espírito no intuito de saber minha origem para que possa orientar minha vida para um feliz retorno ou buscar merecimentos que me levem a objetivos mais evoluídos.


Quando reinicio essas meditações, que me levam a retroagir no tempo de minha vida, penso em minha mãe quando me concebeu, na suprema alegria d ser, mais uma vez, a terra fecundada de onde brotaria uma árvore frutífera, cujo destino, incógnito, poderia ser radioso.


Esse pensamento me faz lembrar a outra Mãe, que a cerca de 2.000 anos, concebeu e gerou o ser admirável do Divino Mestre, Profeta do Amor e da Justiça. Fico pensando sobre a verdadeira destinação da mulher, elemento precioso da Criação, veículo procriador e disseminador de seres, fonte de vida.


Quantas mulheres, neste milenar planeta, foram mães de seres evoluídos, enviados especiais que para aqui vieram com missões sublimes de trazer luzes para amenizar as sombras existentes?


Quantos sofrimentos tiveram essas mulheres por não verem compreendidos os seus filhos?


Quantas decepções passaram ao perceberem que o bom fruto trazido por seus filhos, incompreendidos, transformava-se em sementes da maldade?


Fixemo-nos em Maria. A história a apresenta como a humilde esposa de um carpinteiro. É bem um exemplo de amor, o divino ter escolhido um berço humilde.Quem pregaria o amor e a justiça teria, com certeza, de nascer no seio da modéstia, dando o primeiro testemunho de que o egoísmo e a arrogância são inimigos do Amor. Daí a renúncia suprema do Poder Absoluto e a beleza transcedente da vontade Infinita.


Maria, ao tomar conhecimento de sua missão sublime, renunciou a todos os prazeres mundanos e se entregou totalmente ao amor daquele que era em Si mesmo o próprio amor. Na sua dedicação imensa, Maria deixou-se tomar pelo excesso de zelo, com receio talvez, de não poder absorver os sofrimentos que a vida lhe reservava, mas reagindo ante as advertências de seu Divino Filho, tornou-se um exemplo edificante de mãe e de auxiliar, vindo, mais tarde, se tornar na mediadora Senhora dos aflitos.


Doce Maria, pura, singela, flor imurchável de perfume eterno, fonte de renúncia e de virtudes, viste Jesus surgir no aconchego das alfafas, ferir os pés nas caminhadas constantes, deixar-se sangrar pelos espinhos, pela cruz e pelos cravos. Sofrimento doloroso para quem ama por amar, para quem se entrega por amor.


Tiveste, porém, Doce Maria, a compensação mais esplendorosa que uma suprema dor possa receber: Viste Teu Filho, na áurea de Sua Luz ofuscante, ressurgir do nada e subir aos Céus, na glória do retorno ao Infinito. E Tu própria, sentiste a alegria do retorno pela ascensão sublime, terminada segundo a segundo tua missão terrena.


Bem aventurada sejas, Maria, por tudo que por nós fizeste e que possas, por tudo isso, ser também a luz que nos guia hoje e sempre!!!




( Cyrano Gandra)

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